Perdeu tempo querendo fazer valer as próprias ideias. Perdeu tempo dando ouvidos à conversa fiada. Foi quem é, quem era, e fez acreditar ser alguém que não é, que não era, e pra quê? Ser aceita, incluída, talvez. Experimentar algo novo pra saber quem realmente era, o que queria, ou o que podia ser. Ela, que sempre se recusou a provar o que era, provou ser o que não foi. Provou, convenceu, de uma forma oculta, ser o oposto do que é e, pra quê? Independente do que fizesse e independente do que fosse ela seria criticada, não há escapatória. Mas, ela provou ser o que não era, e só então se deu conta de que independente de ser, ou de não ser o que esperam que seja, não precisava provar nada pra ninguém. E se deu conta de que sempre estivera certa. Provar pode ser tão fácil quanto simplesmente afirmar qualquer coisa. Mas, na verdade, tudo só serviu para que ele, que tanto buscou provas, provasse a ela quem realmente é.
