quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

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E agora já foi. Arrepender? Pra que? Acho que ficamos piores ao envelhecer. E deixamos de acreditar que certas coisas possam melhorar. Acho que ficamos desacreditados e independentes. E o que mais buscavamos, a tal da segurança, nos deixa solitários. E isso agora pouca importa. Se o dia está quente, se está frio, a sobrevivencia está em viver um dia de cada vez, e dar um passo de cada vez. E aos poucos passa a ter menos importância o que pensam;  nem por isso eu vá deixar de me importar com o que possa causar. Mas já me importa menos se mal me interpretaram, porque sei o que sou, o que faço e o que penso. A maturidade traz segurança, a segurança aprisiona. Mas se você não amadurece, fica preso a mesquinharia, a tristeza que cria e à própria solidão. E por mais chato que seja, aceito crescer. Sem saber onde vou chegar, traço o meu caminho; se me desvio, logo encontro o abismo e sei que é hora de voltar. Dinheiro... que sempre sirva pra trazer felicidade. Livre de toda ostentação,só quero poder ser mais livre, livre dos limites, das fronteiras que nos impedem de evoluir. Longe de querer magoar, só estou mais realista, as vezes mais aberta, outras mais no centro. A coerência é o que dá sentido a essa existência, em que nada parece fazer sentido...

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

E não temo

E de repente me vejo alheia a tudo isso. Alheia a tudo que pode me prender, e me libero. Pra mim, pra vida. Eu quero mais leveza, menos carga. Quero viver cada dia de cada vez. É como se toda pressão tivesse se esvaído e assim...tão sem mais nem menos. Me sinto mudar, me sinto diferente. É como se vomitasse todo aquele bolo de porcarias preso em meu estômago e agora pudesse voar um pouco mais. E nada mudou, mas sinto algo diferente. E já presumo onde isso possa me levar... Onde todo desprendimento pode levar. Solidão, talvez. Novas experiências. E não temo. Pela primeira vez me sinto diferente e não temo o que posso perder. Nada podemos perder porque nada temos, acho que entendi isso. E eu não temo. Eu quero dançar um reggae e rastejar no céu. Com os pés no chão, entender que a vida pode ser melhor. E agora aconteça o que acontecer... eu só temo o que possa fazer, e mesmo assim deixo fluir, não temo.