quinta-feira, 29 de abril de 2010

Voz Passiva

Pedras lançadas
Muralhas construídas

Obstáculos vencidos

Lágrimas derramadas

Conquistas comemoradas

Derrotas veladas

Tristezas esquecidas

Traumas tatuados

Frustrações perdoadas

Medos consagrados

Ideais esquecidos

Sonhos restaurados

Passado relembrado

Presente mal vivido

Na lembrança que cativa

As amarguras da vida

Um futuro programado à voz passiva

domingo, 25 de abril de 2010

Expressões populares I


Assim como outras vezes, depois de uma conversa resolvi escrever sobre o assunto: Expressões populares. É uma coisa que sempre me chama atenção. Existem pessoas que fazem questão de mostrar que usam a forma correta,  mas a maioria usa de forma “errada”. Não sou tão ousada e também não sou muito de usar frases feitas. Além de ousada, acho que a pessoa precisa ter propriedade também pra fazer o uso das expressões (o que é só um ponto de vista). O que me trouxe até aqui foi a seguinte expressão: “cor de burro quando foge”. Um amigo falou isso numa conversa, achei engraçado o contexto em que ele usou e perguntei como é cor de burro quando foge, ele falou que não sabia, só sabia que era assim. Claro, são expressões populares que se aprende de maneira bem informal, e como “quem conta um conto aumenta um ponto”, como numa brincadeira de telefone sem fio, as expressões acabam sofrendo modificações drásticas, e às vezes acabam modificando o sentindo também.

E foi assim que “corro de burro quando foge” virou “cor de burro quando foge”. E quem nunca disse “batatinha quando nasce esparrama pelo chão”? Pois é, e quando iríamos imaginar que o correto é “batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão”?

A expressão “Quem não tem cão, caça com gato”, é outra que ouço “desde que me entendo por gente”, e já cheguei até a usá-la algumas poucas vezes no lugar de “quem não tem cão caça como gato”. É interessante que, quem usa a primeira forma sugere a troca/ substituição, já a segunda não. Pois quem não tem cão, caça sozinho. Da mesma forma, “quem tem boca VAIA Roma” (se refere aos tempos em que Roma era governada por Júlio César.)

Mas ao mesmo tempo, numa perspectiva lingüista, penso que é só besteira se preocupar em definir o certo ou errado dessas expressões, afinal “a mudança é a lei da vida”. E assim como “vamos em boa hora” virou “vamos embora”, ou melhor “borá/bó”, por quê as expressões não podem, também, sofrer modificações e adquirir um novo sentido? Mesmo porque, quem garante que as modificações não foram propositais/ trocadilhos?

Ora, se até a linguagem formal sofre constantes modificações, até perder tremas, ganhar acentos, assim de uma hora pra outra, com as expressões populares não é diferente. Além disso, o estudo que se tem de suas origens ainda são escassos ou pouco divulgados.

Por isso, vamos “enfiar o pé na jaca”, já que não tem como “enfiar o pé no jacá”, afinal a gente nem vê mais esses cestos que tropeiros carregavam mercadoria em burros. E de que adianta usar as frases originárias se ninguém vai “entender patavina”? Em tempos em que o importante é a comunicação quem vai usar “esculpido em Carrara”, enquanto fica mais fácil entender “cuspido e escarrado”, se bem que “esculpido e encarnado” faz mais sentido no caso de semelhança entre parentes, por exemplo. Enfim, usemos o que melhor nos convier!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tartarugas me mordam!


-Dani, tu nem sabe quem vem pra São Luís.


-Quem?


-Advinha. Scorpions.


-Ã? Como assim? Quem? É o que?


Macacos me mordam! Que Scorpions menina? Scorpions-Scorpions???


Isso mesmo! Tá confirmado. Sintam-se todos convidados.



A banda de rock alemã Scorpions, que já vendeu cerca de 100 milhões de CD’s em todo mundo, fará, em sua mega turnê de despedida, dois shows no Brasil. Tocando clássicos e músicas do novo álbum Sting In The Tail, o grupo estará no dia 19 de Setembro em São Paulo (Credicard Hall) e no dia 24 de Setembro, em São Luís (local a ser definido).


Após 40 anos de carreira, o Scorpions entra em sua mega turnê de despedida. Após duas passagens pelo Brasil, em 2005 e 2007, o grupo Hannover pode estar se apresentando em São Luís pela última vez. A banda ficou consagrada com os sucessos Wind of change, Still loving you, Dust the wind, Rock you like a hurricane, Send me and angel entre outros.
Sua longa carreira rendeu 22 álbuns e vários DVDs, incluindo Live in the Jungle, lançado em 2010 com shows de Manaus e Recife. No dia 24 de janeiro de 2010, a banda anunciou que encerraria a carreira e que realizaria sua última turnê, com o álbum Sting in the Tail, que foi lançado no dia 19 de março.
O início de sua última turnê está previsto para ser iniciada em maio deste ano e atravessar o mundo por “mais uns anos”. Uma boa pedida para os fãs maranhenses acompanharem pela última vez um show da banda.



Ps: tomara que o preço dos ingressos seja acessível ;)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

DEU A LOUCA!

  
E mais comentários sobre o que mais se comenta na cidade hoje: o novo shopping, o Rio Anil. Não dá pra entender o que aconteceu com povo dessa cidade. Eu nunca imaginei que a inauguração de um shopping pudesse ter uma repercussão tão estrondosa assim. Não sei se foi a presença de artistas e ex-BBB no local que o tornou num verdadeiro formigueiro humano, ou se foi a novidade explícita no próprio shopping. Eu já podia prever que estaria lotado, como costumamos ver o “São Luís”. E se poucos dias antes o assunto da cidade era o novo shopping, ficou ainda pior depois de ontem.

O resultado de tanta expectativa, não deu outra, ambiente lotado, mais parecia o Círio de Nazaré do que inauguração de shopping. E se o problema fosse só a lotação, nem haveria problema. Mas, lojas saqueadas, briga entre gangues e tudo mais aí que falam que aconteceu só ontem, me deixou perplexa.

Não consigo imaginar o que leva uma multidão a ter esse tipo de comportamento. Roubar lojas, tentar arrombar portas, usar de artimanhas pra conseguir entrar no shopping depois que já tinham fechado as portas por não caber mais ninguém, é demais pra minha compreensão. Selvageria, mau caratismo, atitudes mesquinhas que revelam pobreza de espírito. O que levou centenas de pessoas a saírem de suas casas, de seus trabalhos, a matarem aula na escola só pra ir ao um shopping ver um EX-BBB? E mais, ficarem do lado de fora esperando não sei o que, como se estivessem esperando algum show que tivessem pagado pra assistir? E ainda, passarem mais de uma hora em um engarrafamento só pra ir a essa bendita inauguração. Mas o pior de tudo foi se achar no direito de invadir lojas e roubar mercadorias. E a dignidade, onde foi parar? Tudo isso me deixou muito triste, chateada, decepcionada. Eu espero que isso tudo seja esquecido, principalmente pelos artistas que nem chegaram a ir ao Rio Anil, pelo fato de estar tão lotado, ou quem sabe até pelo medo de serem devorados (risos), a essa altura eu já não duvido de mais nada. Acho que a única parte “cômica” da historia foi a tal da “loka do rio anil”, uma retardada, totalmente Joselita. Que diabos aquela garota tem na cabeça? Tomara que isso não tenha uma repercussão nacional, o que é bem difícil, do jeito que ela já tá bombando na net. É TRISTE!

quinta-feira, 15 de abril de 2010



Eu podia ser mais e ter pele de pêssego

Que não tivesse nem cravos nem espinhas

Que encobrisse uma face perfeitamente oval

Que apresentasse dois olhos amendoados

Abaixo de uma sobrancelha marcante

Acima de um nariz curto e afilado

Que continuasse numa boca pequena e carnuda

E ainda ter cabelos cacheados e brilhantes

Quisera eu ter um corpo esbelto, escultural

Que fosse sustentado por um pé sem joanete

Mas se penso eu que assim seria feliz

A tristeza por saber que um dia tudo se transforma

Não me deixaria gozar da beleza enquanto viva

E ainda assim eu não seria feliz




PS: “(...) o essencial é invisível aos olhos.”

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A tentativa


Pensei tentei e nada consegui

Refleti e até li e nem rescunho

Procurei a dor mais profunda

Procurei a ferida mais doída

Encontrei a alegria mais recente

Lembrei-me do ultimo sonho

O pesadelo que  queria contar

O sonho que não deveria acontecer

Mas o incomodo não me deixou ir adiante

Eu empaquei e não consegui organizar

São muitos conectivos e muitas regras

E tudo isso é pouco pros pensamentos

A sua avaliação me travou o raciocínio

E a liberdade é essa coisa que me impeço de ter