Um dia me falaram que às vezes a gente tinha que dançar
conforme a música... pensei ser impossível, jamais me adaptaria a qualquer
situação que não estivesse de acordo com meus conceitos e meus princípios. E quanto
sofri, quanto chorei para aprender que adaptar-se as situações do momento é
essencial pra se viver bem. Mas...a vida ensina. E de repente o que podia ser o
fim do mundo, o fim da vida, eh um fim em seu próprio fim, apenas um novo futuro
a construir, um novo repensar. A vida nunca tem fim, mas isso a gente apreende
com o tempo, com as quedas do caminho. Já fui tão triste nessa vida, algumas
vezes por desespero, e hoje não ambiciono ser feliz, e quero apenas seguir.
Reconstruir meu caminho, reparar as falhas, restaurar os acertos. Seguir,
evitar construir curvas sinuosas, levar um pouco mais light. Deixar pra trás
todo peso, toda dor, renascer. Zerar, repensar, construir. Tudo está certo, tudo
se encontra no seu devido lugar. E o estado de livre adaptação à situação do
momento nos fortalece, nos faz agir. E não há motivos para lamentar, qualquer
nó que ficou serviu apenas para fortalecer... como as varas do bambu-taquara ..
“eu envergo mas não quebro...”. já disse o poeta “Não é só felicidade Que tem
fim na realidade A tristeza também tem” e quando pensei que seria assim?... acho
que são os ventos da maturidade. Hoje sou menina crescida, ao contrario do que dizem os
contos de fada já sei que é dura a realidade; e... “Os bons momentos da vida E nos maus tempos da
lida Eu envergo, mas não quebro”.