sábado, 27 de abril de 2013

Naqueles dias


Hoje estou naqueles dias... em que não dá vontade de fazer nada. Nem aquela viagem que há tanto se esperou consegue animar. Naqueles dias em que não dá vontade nem de conversar. Nem refletir, menos ainda desabafar. Não se sente vontade nem de pensar. Não se quer saber o que se passa pela própria cabeça. Naqueles dias em que o que mais queria era me anular só um pouquinho do mundo, ou me entregar de vez pra ele. Naqueles dias em que não se consegue fazer balanços, não consigo julgar, e sequer planejar. Em que não quero conhecer gente nova, nem sair com os amigos. Nem trocar uma ideia. Naqueles dias em que não quero companhia, quero ficar sozinha. Dias em que não quero nem a minha própria companhia. Em que não quero despender esforço pra qualquer realização minha, tudo que quero é apenas dormir; dormir e não sonhar. Hoje estou assim, sabe?! Assim meio atoa, muito “a ver navios”, e é só assim que quero estar. Hoje estou naqueles dias... sem riso, sem lágrima, sem alegria.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

É preciso saber viver


Quem espera que a vida

Seja feita de ilusão

Pode até ficar maluco

Ou morrer na solidão

É preciso ter cuidado

Pra mais tarde não sofrer

É preciso saber viver

Toda pedra do caminho

Você pode retirar

Numa flor que tem espinhos

Você pode se arranhar

Se o bem e o mal existem

Você pode escolher

É preciso saber viver

É preciso saber viver

É preciso saber viver

É preciso saber viver

Saber viver, saber viver!

Roberto e Erasmo
 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Vou embora

 
De repente existe um pouco mais que não sabemos
Há muita coisa entre o céu e a Terra,
Há muita coisa dentro de nós que não conhecemos
Traumas e tramas que ... sabe lá Deus...
O mundo é infinito, somos infinitos nesse mundo
Onde a fantasia pode ser verdade
E a mentira pode fazer sentido
E, sobre a verdade...
Ah... essa muda sempre que precisamos mudar
Importa o justo e correto
Não quero me prender a verdades absolutas
Absoluto só ele...o senhor do tempo
Lições na bagagem...
Hoje só levo as vitórias
E sigo em frente, vou embora

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Por outras vias

A gente diz que tudo passa e que não vai morrer. Mas na hora do vamo ver, a dor parece nos levar a beira da morte. Pra quem nunca chegou, de verdade, a beira da morte, sente que está. Todas as outras coisas parecem perder o sentido. Falta a força pra realizar as atividades mais comuns. Falta sono, falta vontade de comer. Dá vontade de sair andando sem direção, sem rumo. Dá vontade de seguir em tua direção. Falta foco. Falta certeza, clareza. Falta lucidez. Leva tempo pra conseguir reorganizar as ideias, e fico sem saber se um dia consigo reorganizá-las de novo. Dói! Rasga, machuca, maltrata, expreme. Dá medo de ter seguido o rumo errado. Mas não dava pra ficar em cima do muro, e eu não podia exigir nada. Chorar e segurar naquilo que dá. Na luta por uma vida melhor. Na busca por ser alguém melhor. Talvez assim encontramos satisfação nessa vida. Agora só resta buscar a felicidade por outras vias.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

E lá vem


E o que acontece direito comigo, eu não sei. Absolutamente, não sei! Não consigo sentir o que dói. É algo dentro, que prende. Me enche, me sufoca. E por que, eu não sei. Só sei que me invade, e isso não é de mim. Parece que é algo que falta. Algo que me foi arrancado. E isso só eu sei, não é entendível, nem inteligível a qualquer ser que esteja fora de mim. E aquela ânsia já vem se aproximando, vem me invadindo, vem me tomando, tomando minha face, como se algo quisesse sair. Sinto minha pele encher e palpitar.Meus labios tremem. minha sobrancelha, minha face deforma. Me sinto pesada. E lá vem aquele boom. É uma onda que cresce ao se aproximar dos meus olhos. Acho que nasceu na minha garganta, e quando se aproxima da saída nasce mais. Parece que a dor é na alma. Mas onde fica a minha alma? Tão próxima de mim? Tão dentro do meu peito? Tão louca, tão forte, tão feroz, tão voraz. Já não posso conter, ou deixo sair, ou a onda me engole, me explode. E vem, um forte fluxo, loucamente, parece que não quer parar, não vai parar. Fluxo forte. Me alivia, me deixa melhor. Me arranca de vez essa dor! Que dói e  eu nem sei ao certo porque.